Noite de descanso...

Por hoje dou a noite ao descanso... Uma noite relaxante, muito zen e puro descanso! Recuperar forças para amanha gritar bem alto!
Lunatic Fringe
"Waking me from my sleeping state
They, shake me, saying it's time to play
Yellow moonlight stains this blackened night
And the deities are all in a delight
Eyes watching me through darkened cracks
On my window, now they tap
Whispering voices synthesize
I can barely understand their cries
Shadows dancing on the wall
Changing to spirits, to me they call
My curiosity now, was leading me
To the lunatic fringe - where I like to be"
by Londa
Vamos repetir este ano?

Santos 2004 - Onde está a dri?
Mais uma vez estão à porta os Santos Populares e a agitação de rua espera-se animada. Quem alinha?
Almanaques ou a Sabedoria e as Tarefas do Tempo
"Os antigos calendários
A divisão do ano em função dos fenómenos nele observáveis e respectivo registo, o que, em suma, constitui a parte nuclear do que chamamos almanaque, recua a épocas remotíssimas. No texto do túmulo de Ramsés IV, século XIII antes da nossa era, está gravado um calendário cronológico. Os Romanos utilizavam tabuinhas polidas com a inscrição dos factos relativos às quatro estações. Nelas se indicavam as festas fixas e o curso das constelações; serviam para todos os anos.
No museu de Farnésio, havia, pelos meados do século XIX, um «almanaque» destes, de mármore, em que se assinalavam os trabalhos agrícolas dos diversos meses. Os Escandinavos, em sua aproximação da civilização latina, usavam também tabuinhas destas em caracteres rúnicos e daí o nome de varas rúnicas. Expunham-se muitas nos museus da Dinamarca e Suécia. Sua idade não será anterior aos séculos VI ou VII a. C.
Origem da designação «almanaque»
O vocábulo almanaque é de origem incerta. Antenor Nascentes escreve: «Do árabe almanakh, lugar onde a gente manda ajoelhar os camelos; daí, conto, que neste lugar se ouve, e finalmente calendário. Eguilaz dá o lat. manachus (circulus) empregado por Vitrúvio no sentido de círculo de um meridiano que servia para indicar os meses. No baixo latim aparece almanachus e no baixo grego alamanakon, nome dado por Eusébio a calendários egípcios.
Engelman salienta que o calendário em árabe é taqwim. José Pedro Machado também refere «lugar onde o camelo ajoelha», acrescentando-lhe «estação», «região», «clima». No Petit Robert, lê-se que «do lat. medieval alamanachus, árabe almanakh, provavelmente do siríaco, rad. ma, lua, mês». Geneviève Bollême, autoridade na matéria, é de opinião que a palavra significou primitivamente «a conta», «o cômputo». Julgamos que melhor será considerar «almanaque» como designação de uma prática específica, importada para o Ocidente, forma aculturada do conjunto de dados com que, nalgumas cortes orientais, era hábito os astrólogos presentearem os soberanos no início de cada ano. A preocupação dominante seria o fornecimento de quadros cronológicos, com a indicação do movimento dos astros, sobretudo do Sol e da Lua. Estes quadros que podemos considerar como os antecedentes dos almanaques propriamente ditos eram conhecidos do Ocidente nos finais da Idade Média. Tinham sido elaborados por astrólogos árabes, e adaptados, depois, por judeus ou conversos (segundo a opinião do Prof. Luís de Albuquerque). Assim, as tábuas preparadas por Al-Kvarismi (século IX) foram adaptadas por Malesma e, no século XII, traduzidas em latim por Adelardo de Bath. Conforme refere ainda Luís de Albuquerque, o primeiro destes almanaques redigido em português foi o Almanaque Perdurável, que, fazendo parte de um códice da Biblioteca Nacional de Madrid, data da primeira metade do século XIV.
O que é um almanaque.
Podemos considerar o almanaque como uma publicação de periodicidade (quase sempre) anual com variável número de páginas que pode ir desde as dezasseis, habituais nos folhetos de cordel,
até mesmo abranger algumas centenas, a qual poderá caracterizar-se por:
1. quanto aos seus objectivos, ser obra prática de fácil e permanente consulta;
2. quanto à sua estrutura, apresentar-se muito variada, embora as diferentes matérias se organizem por referência a uma tábua cronológica ou calendário, em que se fazem anotações religiosas (festas, santos), se indicam as principais feiras e arraiais, se registam as fases da lua;
3. quanto à natureza dos conhecimentos que veicula, abranger desde os dados astronómicos e meteorológicos, efemérides, ou ainda curiosidades, conselhos práticos, mezinhas, pequenas notas sobre acontecimentos, fenómenos ou personagens, até a notas astrológicas (sobretudo o «juízo do ano», horóscopos), anedotas, adivinhas, provérbios, quadras e mesmo algumas poesias. Podemos dizer que a função na vida quotidiana dos vários públicos a que, ao longo dos séculos, se tem dirigido é a também hoje exercida por três tipos de publicações auxiliares: o calendário, o anuário e a agenda. "
in Almanaques ou a Sabedoria e as Tarefas do Tempo,
Manuel Viegas Guerreiro e J. David Pinto Correia